15.6.09

Vip Grand Hotel & SPA

O programa imposto pressupunha a transformação das antigas instalações da RTP num hotel de cinco estrelas, contemporâneo e inovador. A ideia base do projecto era devolver ao edifício a escala, nobreza e monumentalidade que sempre o haviam caracterizado. O edifício existente sugeria formalmente uma partição em 3 zonas distintas: caves, embasamento e torre. Aproveitando essa distinção formal, a distribuição do programa foi feita de forma natural.
Abaixo do solo os três pisos existentes foram maioritariamente usados para estacionamento, grande parte das áreas técnicas, as zonas de serviço e de pessoal.
Nos pisos 0 e 1, que compõem o embasamento, encontram-se as áreas públicas e sociais do hotel. Os diferentes espaços foram tratados como volumes independentes, dispostos numa base uniforme e possibilitando uma circulação fluida entre eles. Dentro destes volumes funcionam os espaços inerentes ao uso do hotel: três restaurantes (um deles dedicado exclusivamente a cozinha japonesa) bar, salas de reunião e de conferências, spa e cabeleireiro, salas de jogos, de leitura e de televisão.
A cobertura do embasamento foi usada como terraço dispondo de uma ampla zona de estar, um bar e uma piscina ao ar livre. A zona sobrante foi polvilhada de pequenas caixas que funcionam como lanternins, possibilitando a entrada de luz natural em diversos espaços do piso 1.
A torre, com 12 pisos, comporta 264 quartos e 31 suites.
A fachada do edifício sofreu poucas alterações em termos formais. Puxou-se para fora o conceito de volumes que se impôs no interior. Revestiu-se toda a fachada da torre a pedra branca, uniformizando o plano. O tom comportado da pedra e do vidro foi quebrado pela introdução de caixas de luz (em variações de laranja) dispostas aleatoriamente.
O embasamento foi revestido a grandes painéis de vidro serigrafado, assegurando deste modo a permeabilidade visual entre interior e exterior. Este revestimento prolongou-se verticalmente pelas caixas de escadas que servem a torre, possibilitando uma ligação coerente e uniforme entre partes distintas mas complementares do edifício.














































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